terça-feira, 4 de outubro de 2011

A delapidação do ensino público

Infelizmente sentimo-nos  impotentes para fazer face a um sistema que dá  liberdade às escolas para a escolha do seu corpo docente quando as ofertas são endereçadas para as ofertas de escola tal como demonstra o decreto lei aprovado no dia 15 de Fevereiro de 2007:
Os concursos de "contratação de escola" regem-se pelo Decreto-Lei 35/2007, de 15 de fevereiro;
De acordo com o ponto 2 do artigo 6º desse normativo "cabe ao órgão de direção executiva da escola fixar os critérios objetivos de seleção em que assenta a decisão de contratar, colhido o parecer vinculativo do conselho pedagógico";

A falta de transparência e o jogo de interesses sobressaem cada vez mais como já foi referido neste blogue durante o mês de Setembro. Hoje, mediante  o contacto com uma escola apercebi-me através de um membro da direcção, que elaborou uma simulação, a impossibilidade de colocar horários anuais nas ofertas de escola, mesmo quando se inscreve a cláusula aumento de turma. É vergonhoso e pouco ético o que o ministério está a fazer aos professores. Usar técnicas e estratégias que não privilegiam em nada  a qualidade do ensino. Se há a possibilidade de estabelecer dois tipos de horários, anuais e temporários essa lei deve entrar em vigor e não apenas aplicar uma, impossibilitando a concretização da outra. É contra esta fraude no ensino que irei lutar, esperando o apoio da Fenprof que agora mais do que nunca deve apoiar os professores,que vêm os contratos cada vez mais precários.  

Apercebo-me com tristeza da criação de vários segmentos e divisões na classe docente, os professores do quadro, os professores contratados que foram colocados ou reconduzidos a 31 de Agosto e por isso têm um contrato anual até 31 de Agosto e os restantes professores contratados que foram colocados após 12 de Setembro salvo erro, que apenas podem ter contratos renovados mensalmente. É com enorme tristeza que eu constato esta situação e reafirmo a necessidade de união de todos os professores mesmo aqueles que estão numa situação "confortável", ou melhor que têm emprego actualmente. A união faz a força e só assim poderemos alterar políticas e evitar a extinção dos concursos públicos que é o caminho a seguir num futuro próximo.

2 comentários:

Sérgio disse...

Eu diria 'lapidação'.

Tiago Sousa disse...

É um pouco as duas coisas lapidação pois estão a enxovalhar os professores e o ensino público delapidação pois estão progressivamente a acabar com o mesmo percorrendo um caminho que culminará na sua extinção