sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A progressiva desvalorização dos currículos de Geografia e História

Envio um texto que me enviaram para  o mail escrito por um colega, sobre a futura unificação dos grupos disciplinares de Geografia e História:
1.O “Diário de Notícias” de hoje, 13 de Outubro, publica uma notícia, com chamada de 1ª página, sobre a reforma curricular que o Ministério da Educação estará a preparar para o próximo ano. O jornal destaca, logo na página da frente, a redução da carga horária de História e de Geografia; esta é, também, a primeira das medidas que surgem na imagem que, na página 12, encima a notícia. Na notícia, as disciplinas de História e de Geografia são consideradas “não estruturantes”. O ficheiro que envio em anexo contém o que é publicado pelo Diário de Notícias sobre esta matéria.
2. Infelizmente, esta notícia não surpreende. A unificação da formação inicial de professores, contestada na Petição Pública Nacional, lançada a 23 de maio e ainda em curso, só pode ser compreendida no quadro de uma desvalorização curricular das disciplinas de História e de Geografia.  
Neste momento, temos 2500 subscrições da Petição Pública Nacional, o que é significativo (25% do total dos professores portugueses das duas disciplinas), mas insuficiente para obrigar a Petição a subir ao Plenário da Assembleia da República;  tal não dá também a força necessária para os professores de Geografia e História, também através das Associações que promovem a Petição (APGeografia, APHistória, APGeógrafos, AIGeografia), confrontarem os responsáveis políticos e educativos. A subscrição da Petição surge, nesta altura, como particularmente importante.
3. Junto reenvio o texto da Petição Pública Nacional e a respectiva ficha de subscrições. A Petição está também disponível online, desde 6 de outubro, como sabem, em http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N14927
4. Junto igualmente o programa do Seminário Nacional “A Formação Inicial de Professores de Geografia e História” e a respectiva ficha de inscrição, que poderá igualmente um momento de reflexão e de mobilização dos professores de ambas as disciplinas.
Cumprimentos.

Sérgio Claudino (Instituto de Geografia e Ordenamento do Território do Centro de Estudos Geográfico da Universidade de Lisboa)

2 comentários:

Anónimo disse...

Somos o País da Europa, onde a maioria dos portugueses vive com menos do que é necessário para as despesas básicas, o discurso do elogio da pobreza que marca a história da nossa direita no século passado. Ele nunca morreu. Apenas ficou à espera desta "oportunidade" que a crise lhe deu. Por isso para a direita é importante que o povo seja cada vez mais ignorante. Veja.-se o exemplo da Madeira.

Helena Paula Sousa

Tiago Sousa disse...

De facto há coisas que não se percebem. Infelizmente está cada vez mais clara a ideia do despesismo barato visível nos tão afamados sacos azuis e depois não dinheiro para auxiliar que está a iniciar e quer trabalhar. Custa-me dizer isto mas estão progressivamente a afastar a mão de obra qualificada através de politicas que têm apenas como objectivos beneficiar as grandes empresas.