quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Notícia de um Sequestro


Notícia de um sequestro é um dos muitos livros escritos por Gabriel Gárcia Márquez, Prémio Nobel da literatura em 1982. A escrita deste famoso escritor Colombiano é complexa, denotando uma grande preocupação no alcance do pormenor e uma perfeição que nos conduz e envolve.

A maior parte da sua vida profissional foi como jornalista, realizando e descrevendo um país que passou por períodos de grande turbulência politica e social. Neste livro que ele denominou Notícias de um sequestro ele descreve um problema complexo que afecta a Colômbia, o Narcotráfico e a Extradição.

A Colômbia é um país que tem população que na sua grande maioria vive com dificuldades, vindo-se obrigada por vezes a percorrer caminhos obscuros e perigosos para sobreviver….sendo o narcotráfico uma das vias percorridas, pois significa dinheiro fácil e rápido.

Acontece que o Governo não conseguindo combater este problema, viu-se na necessidade de recorrer à ajuda externa, optando pela extradição dos narcotraficantes para os Estados Unidos, onde eles são severamente punidos.
Os Narcotraficantes não gostaram dessa medida tomada pelo governo colombiano, e recorreram ao sequestro de personalidades importantes da Colômbia para fazer pressão sobre o governo, de modo que ele se sinta obrigado a alterar a lei da extradição.

Neste livro Gárcia Márquez relata a história de um sequestro….que envolve um conjunto de personalidades colombianas.
Inicialmente era apenas para relatar o sequestro de Maruja e Beatriz, no entanto à medida que vai aprofundando a sua investigação, vai-se apercebendo que ele estava inserido numa rede liderada por um dos expoentes máximos do narcotráfico na Colômbia, Pablo Escobar.


Com este livro Gárcia Márquez consegue através da sua escrita, envolver-nos nesta história sentindo juntamente com as personagens, a dor inerente a um sequestro, sem menosprezar as razões dos sequestradores e do Governo Colombiano.

Gárcia Márquez narra esta problemática de uma forma que nos faz reflectir e questionar o Mundo que vivemos .....

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Quando os governos perferem que o seu país fique offline


Este é um título de um artigo de Nuno Sá Lourenço escrito no jornal Público do dia 27 de Outubro de 2007. O título por si só é muito interessante podendo dar origem a uma longa troca de ideias.

A primeira impressão que eu retiro deste título é a existência de uma relação clara entre os governos e a internet. Pois é, provavelmente muitos de nós nunca tínhamos pensado nisto, mas a internet é o principal centro de informação que nos permite estar constantemente ligados com o “exterior”.

No Mundo em que nós vivemos existem grandes assimetrias, basta lembrar que entre a margem norte e a margem sul do Mediterrâneo se encontra hoje o maior desnível de rendimento per capita do mundo, com tudo o que isso significa. (Teresa de Sousa Jornal Público 7 de Novembro de 2007)

Numa sociedade tão heterogénea, surgem por vezes atritos derivados da diferença, do despotismo resultante de um abuso da liberdade, que origina sentimentos de repressão e medo por parte de quem é subjugado. Este poder autocrático que reina em inúmeros países mundiais impossibilita o direito à informação, ao saber…censurando e reprimindo ideologias vindas de países estrangeiros.

Há já algum tempo li um artigo do geógrafo Jorge Gaspar, onde ele faz referência a um conceito que eu desconhecia completamente, que achei muito interessante e que na minha opinião se enquadra perfeitamente neste contexto, o conceito de “muros de invisíveis”.

Actualmente temos os casos do Chipre e da Palestina/Israel, onde se observam “muros visíveis” que separam regimes governamentais antagónicos. No entanto infelizmente além dos “muros visíveis” que se observam a olho nu, existem ainda os “invisíveis” que não se observam mas se sentem, através das desigualdades sócio económicas, que se reprecutem através de um crescente aumento da emigração clandestina. O Mar Mediterrâneo que foi referido no segundo parágrafo pode-se considerar um “muro invisível”, pois os países Europeus tomam diversas medidas para susterem o enorme surto de migratório, vindo essencialmente do Norte de África, criando desta forma uma barreira por vezes intransponível.

Com a alusão aos "muros" pretendo essencialmente alertar para os problemas que subsistem actualmente de uma forma muito preocupante, a pobreza,a criminalidade, a delinquência juvenil, as desigualdades socio económicas etc. É pois necessário tomar medida, educar, ensinar, alterar mentalidades e porque não colocar todos os governos colarem o seu país on line…o repto está feito, agora tem de se passar à prática....

domingo, 21 de outubro de 2007

Alice
















Alice é um filme português que teve um enorme sucesso um pouco por toda a Europa,quem diria, um filme português!!!!!!
Antes de começar a escrever sobre o filme gostaria de citar algumas passagens do realizador (Marco Martins) que abordam as enormes dificuldades sentidas na sua elaboração:
Os orçamentos são absolutamente ridículos. Uma das últimas campanhas da Optimus tinha o mesmo orçamento da minha longa metragem (...)fazer um filme é um luxo
(...)em Alice não foram utilizados figurantes, Nuno Lopes aparece no meio meio da multidão que todos os dias enche a rua Augusta, ou no Centro do Cacém à hora de ponta(...)
Estas declarações fazem-nos pensar o quão difícil é fazer cinema em Portugal e o longo caminho que é necessário percorrer....para alterar esta realidade!!!!
Considero esta obra prima de Marco Martins a demonstração clara de que é possível fazer bom cinema com meios muito limitados, é preciso acreditar nas nossas potencialidades e acima de tudo trabalhar. Só assim é possível tornar o cinema português cada vez mais visto na Europa e porque não no Mundo.
Alice retrata de uma forma muito peculiar a palavra ausência, onde a personagem principal nunca está presente fisicamente, mas apenas na memória de uns pais que vivem uma situação de angústia constante
Neste filme a imagem detém um papel muito importante, demonstrando-se uma cidade de Lisboa sombria, umbria onde a impessoalidade e a rotina retratam uma sociedade que pensa cada vez mais nela própria, esquecendo os outros....
Com este filme apercebemo-nos da relação existente entre o espaço e as pessoas. Esta Lisboa cinzenta retrata a história de um pai que luta diariamente contra a ausência da sua filha, obrigando-nos desta forma a reflectir sobre a nossa existência e a relação com os outros!!!
Resta-me apenas dizer,Muito Obrigado

domingo, 30 de setembro de 2007

A Homenagem ao Grande Zeca





















No passado dia 27 de Setembro de 2007 presenciei em Coimbra um espectáculo único interpretado por um conjunto de músicos fantásticos, que fizeram uma justa homenagem a um símbolo de Coimbra e da Música Portuguesa, o Grande Zeca Afonso.
Zeca Afonso, um símbolo de Abril, da Liberdade que contribui através da sua música para dar voz a um povo oprimido, que vivia enclausurado num regime ditatorial asfixiante. Coimbra foi uma cidade muito importante na sua vida, pois foi aí que tirou o seu curso superior e teve contacto com músicos que tiveram um papel crucial na definição da sua carreira.
Esta homenagem realizada na "sua" cidade teve uma magia e envolvência ímpar, não só pelo local onde foi realizada, mas também pelos músicos que a concretizaram: o Projecto Canto Coimbra e Cristina Branco.
O Projecto Canto Coimbra é um projecto recente que já demonstra uma grande maturidade. Esta iniciativa tem como principal objectivo difundir um género musical muito característico da região coimbrã e do nosso Portugal, o fado.
Cristina Branco é uma fadista com uma voz única, uma raridade que João Lisboa caracterizou da seguinte maneira Cristina Branco neste momento roça a perfeição. Sejamos mais precisos ainda: desde Amália nenhuma voz feminina chegou tão longe e tão alto como ela.
Com músicos de tão grande qualidade estavam reunidos todos os ingredientes para uma Grande Homenagem. Obrigado Zeca .....tu mereces!!

sábado, 1 de setembro de 2007

A Sombra do Vento


A Sombra do Vento, vai ser sempre um livro especial, pois é uma história apaixonante que me envolveu da primeira à última página e me incentivou à elaboração deste blog.


Não há nada mais interessante na vida que sentirmo-nos amados, envolvidos em algo que nos dê prazer e nos faça pensar na nossa existência e utilidade nesta vida.


Não sei explicar porquê eu senti isso aquando da leitura deste livro, podem-me chamar louco, provavelmente sou... ou melhor penso que todos nós temos um pouco dessa extensa e complexa palavra.

A loucura deve coexistir, como um modo de nos superarmos a nós próprios, de ultrapassarmos os nossos limites e conseguirmos atingir os objectivos inicialmente idealizados.


Este livro fez-me pensar sobre uma multiplicidade de sentimentos, sensações dando-me alento e força para exprimir por palavras aquilo que me vai na alma, que eu estou a fazer ou a sentir no momento. Não há nada melhor que a escrita para refugiar os nossos sentimentos e ideiais, pois exprimindo-os por palavras podemos recordá-los eternamente.
A Sombra do Vento é um mistério literário passado em Barcelona na primeira metade do século XX, desde os últimos esplendores do Modernismo até às trevas do pós guerra Carlos Ruiz Zafón (autor do livro)

A livro A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón é um livro, que todas as pessoas que questionam a sua identidade, e existência neste mundo deveriam ler.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Coimbra a cidade onde aprendi o significado da palavra saudade












Cheguei a Coimbra em Setembro de 2001 para tirar o meu curso de Geografia, lá aprendi a conhecer uma cidade mágica, que apenas sente quem a estudou e viveu verdadeiramente.
Em Coimbra conheci amigos e pessoas que irei recordar eternamente pois todos eles contribuíram para o meu crescimento como pessoa.
Coimbra simbolizou muito mais que cinco anos de frequências e exames, Coimbra é o fado, as Queimas, é a saudade que se sente sempre que se olha para a cabra , são as noitadas e as manhãs a ressacar, são os grandes Amores, os Grande Desamores, as grande Amizades. Coimbra simboliza tudo isso e muito mais que é impossível descrever em simples palavras.
Havia muito mais para dizer no entanto deixo aqui algum suspense algo que convide a conhecer esta bela cidade universitária.
Bom e para terminar por Coimbra não vai nada nada nada, e com toda a pujança sai um EFERREÁ......