domingo, 20 de junho de 2010

Fim de Emisão

Vivemos numa sociedade dicotómica, num país onde a subdivisão entre o litoral e o interior se demonstra cada vez mais evidente.
O concelho de Oliveira do Hospital, situado a cerca de 30 quilómetros do sopé da serra da Estrela tem conhecido um progressivo afastamento da sua massa crítica para os grandes centros urbanos que oferecem uma maior diversidade e qualidade de empregos.
Um processo natural que infelizmente não é fácil de contrariar.
É consequência de todos estes factores, que observei com desagrado, o fim da edição em papel de uma das referências jornalistas do meu concelho “O Correio da Beira Serra”.
Considero o "Correio da Beira Serra" uma voz activa que defende os interesses dos cidadãos, demonstrando o empenho na divulgação de ideias que depreendem um caminho mais sustentável, que promove o desenvolvimento e resulta numa maior atracção de mão de obra qualificada para o concelho.
Digo-o pela qualidade dos textos apresentados que sustentam a minha ideia que a democracia, perde a sua força quando não tem uma voz activa sustentada e com qualidade dos eleitores.
Li as diversas publicações do jornal, com a atenção permitida por uma vida profissional atarefada, das quais realço dois textos, um descrito por Luís Torgal que aborda as problemáticas da educação em Portugal e outro de António Campos que mediante a sua experiência europeia como eurodeputado refere-se às mentalidades.
Infelizmente a qualidade paga-se e neste meio por vezes nem todos estão acessíveis e receptivos a percebe-la, aceita-la e desembolsar algum dinheiro por ela.
Fica aqui o meu desejo que a edição mantenha o modo digital  e o formato em papel volte às bancas brevemente. Na minha opinião o ego de Oliveira teria a ganhar com isso.
Deixo aqui o endereço do Jornal para quem queira conhecer um pouco do concelho de Oliveira do Hospital:  http://www.correiodabeiraserra.com/ 

Leiam não se irão arrepender!!!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Este visual, Tiago e Rui, é de profissionais. Um blogue com apresentação magnífica. E é nesta altura que me sinto ainda mais envergonhado por escrever tão pouco. Espero que após esta fase insana das reuniões e avaliações possa escrever umas linhas que me permitam salvar, um pouco, a face.

domingo, 6 de junho de 2010

O documentário "Ruínas"

Manuel Mozos, cineasta português e autor do documetário "Ruínas" distinguido o ano passado em França no Festival Internacional do documentário de Marselha.
Este documentário premiado no Festival de Cinema Índie de Lisboa em 2009 apresentou a seguinte sinopse:
"Fragmentos de espaços e tempos, restos de épocas e locais onde apenas habitam memórias e fantasmas. Vestígios de coisas sobre as quais o tempo, os elementos, a natureza, e a própria acção humana modificaram e modificam. Com o tempo tudo deixa de ser transformando-se eventualmente numa outra coisa. Lugares que deixaram de fazer sentido, de serem necessários, de estar na moda. Lugares esquecidos, obsoletos, inóspitos, vazios. Não interessa aqui explicar porque foram criados e existiram, nem as razões porque se abandonaram ou foram transformados. Apenas se promove uma ideia, talvez poética, sobre algo que foi e é parte da(s) história(s) deste País."
Ainda não consegui ver este documentário, no entanto estou curioso, pois retrata um dos grande problemas do Portugal, o crescente número de casas abandonadas e em ruínas, assim como um património ou legado que começa progressivamente a ser esquecido.
A imagem de apresentação não poderia ser mais bem escolhida, o antigo Hospital, localizado junto às Penhas da Saúde, um monumento digno desse nome que se encontra literalmente ao abandono na vertente leste da Serra da Estrela.
Deixo aqui o mote caso quem conhecer o documentário fale-me um pouco dele.


Cliquem no título para verem o trailler!!!