terça-feira, 4 de novembro de 2014

Uma conversa

O maior prazer quando vou fazer levantamentos GPS para o cadastro predial de Oliveira do Hospital, é perceber que qualquer situação que ocorra ela  é única. Um ponto nunca é tirado no mesmo sitio, as conversas os sorrisos e os rancores das pessoas nunca são o mesmo. É com um sentido de descoberta que eu parto para mais uma tarefa do meu trabalho que gosto muito de fazer.

No dia 20 de Outubro quando o proprietário disse que estava na hora de almoço e o ser humano era como os carros quando carece tem que se voltar a atestar com combustível. De facto estava mais do que na hora pois já passava largamente das 14:00,quando deixei o senhor e dei por terminado o meu dia. Percorri o caminho entre o Campo e Lourosa quando me deparei com uma figura estranha a acenar-me. Parei o carro e instintivamente abri o vidro, quando a tal figura estranha com uma fala enrolada  e com os dentes em muito estragados, me pediu boleia para ir de Lourosa à Venda da Esperança , pouco mais de 1km de distância a subir.
Não resisti e e deixei-o entrar, tendo uma reação imediata e instintiva de guardar  tudo o que tinha no banco do pendura sobre as minha s pernas. Um medo instintivo que se assolou de mim que foi parando à medida que a conversa decorreu. Mal entrou no carro disse que tinha apanhado um esgotamento há cerca de 8 anos quando era camionista. O flagelo foi tremendo principalmente para a família que de repente perderam uma pessoa normal  ficando na opinião dele incapacitado de exercer qualquer profissão, desempenhando apenas funções de jardinagem em casa. Surpreendeu-me a maneira natural e espontânea como ele falava convicto que iria ficar bom, segundo ele com a ajuda de um primo cientista que terá a cura para os seus males. A Venda Esperança já estava perto quando decidi perguntar-lhe como é que ele apanhou um esgotamento como camionista e ele com a sua espontaneidade natural disse que não comia só fazia quilómetros. Passado poucos segundos chegávamos à Venda da Esperança e deixo-o para o seu cafezinho.

Após uns momento conclui Pensei eu que será que vale a pena sobrecarregarmo-nos com trabalho fazer noitadas  quando de um momento para o outo o nosso corpo nos dá um sinal que temos que parar que pode ser irreversível. Esta curta conversa fez –me pensar e mudar os meus planos para o dia pois tencionava ir almoçar a casa mas uma vez que já eram quase 15:00 e estava sem comer desde as 9:00 decidi ceder aos pedidos dos estômago parar no parque de merendas do Senhor das Almas e antecipar o almoço pois tinha trazido a merenda de casa.