sábado, 27 de outubro de 2012

Assinatura do contrato.

“O nosso Mundo”!! O texto publicado no blogue no dia 23 de Janeiro de 2010, que  me catapultou para egos mais elevados, escritas mais exigentes e públicos  mais diversos. No hiato temporal, que nos separa da data da publicação do texto atrás mencionado passaram-se muitos acontecimentos com relevância internacional, nacional e pessoal.

Apercebo-me nesta passagem pelo ensino privado, que a convulsão de tarefas me leva a pensar que para conseguirmos cumprir tudo com o rigor e exigência pedida, temos de gostar realmente daquilo que fazemos e ter uma organização e um rigor acima da média. Constatações minhas que me levam por vezes a interrogações e dúvidas.

Nos dias de hoje não há empregos para a vida, por isso a duração dos contratos é indiferente e os despedimentos ocorrem independentemente das características do contrato. Em consequência das contingências da minha vida habituei-me a dar um passo de cada vez e a ir de encontro a objetivos realizáveis. Ontem assinei com a empresa onde trabalho, um contrato sem termo algo que eu nunca conseguido antes. Apesar de não passar tudo de uma simples designação, podendo eu ser despedido, quando eles assim o entenderem, para mim não deixa de ser uma conquista.

sábado, 20 de outubro de 2012

Manuel António Pina

Em homanagem ao grande poeta Manuel António Pina Falecido ontem após uma intensa lutra contra o cancro, transcrevo um poema transcrito no blogue da minha cunhada Ana Lúcia Cruz (http://bloguedalucia.blogspot.pt/). Um poema lindo sobre um cão:

"O cão tinha um nome
por que o chamávamos
e por que respondia,

mas qual seria
o seu nome
só o cão obscuramente sabia.

Olhava-nos com uns olhos que havia
nos seus olhos
mas não se via o que ele via,

nem se nos via e nos reconecia
de algum modo essencial
que nos escapava

ou se via o que de nós passava
e não o que permanecia,
o mistério que nos esclarecia.

Onde nós não alcançávamos
dentro de nós
.o cão ía.

E aí adormecia
dum sono sem remorso
e sem melancolia,

Então sonhava
o sonho sólido em que existia
E não compreendia

Umdia chamávamos pelo cão e ele não estava
onde sempre estivera:
na sua exclusiva vida.
Alguém o chamara por outro nome,
um absoluto nome,
de muito longe.

E o cão partira
ao encontro desse nome
como chegara: só.

E a mãe enterrrou-o
sob a buganvilia
dizendo
´É a vida...."

Manuel António Pina

sábado, 13 de outubro de 2012

O fim da classe média

Parafrasenado Renato Nunes no seu post de 27 de Setembro, vivemos dias muitos estranhos. Ao longo da vida tenho-me apercebido-me de uma sociedade que devido às contingências sociais se vira cada vez mais para ela própria. O instinto de sobrevivência impera quando nos é imposta a lei do mais forte.
 
Já poucas coisas me surpreendem, no entanto há algo que me faz confusão e magoa, a desumanização que reina no mercado laboral onde os valores deixaram de existir. Esta semana soube do despedimento de um conhecido meu, que com vários anos dedicados ao ensino, foi depedido por simplesmente não assinar um papel que lhe imporia a necessidade de trabalhar mais e receber menos.
 
 Como será possível o Estado ficar indiferente aos despedimentos massivos, situações de pessoas desempregadas que dependiam do salário para a muito custo dar de comer aos seus. É triste e desolador aperceber-me de tudo isto, ver dia após dia ser aniquilado o que a muito custo foi conquistado após o 25 de Abril, o direito de ter uma classe média.

sábado, 6 de outubro de 2012

O dia 4 de Outubro

O passado dia 4 de Outubro, véspera do último feriado da República e do dia Mundial do professor, foi um dia especial para a minha briosa, que com o Hapoel Tel- Aviv, vi  pela primeira vez jogar na Europa. Independentemente do resultado desolador, pois deixámos escapar a vitória nos últimos instantes, foi algo que certamente não me sairá da memória. Coisas minhas!!!
 
 
No dia seguinte recebi a boa notícia, o dia 4 de Outubro, foi também a data  do nascimento da filha de um grande amigo meu de infância. Caramba eles merecem, há quantos anos esperavam este momento. Numa situação destas nasçam muitos filhos, Portugal bem precisa. Parabéns aos pais babados.