sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A magia da taça de Portugal!!!

No passado dia 12, desloquei-me a Coimbra para assistir a mais um jogo de futebol no Estádio Cidade de Coimbra, onde pude compartilha com aquela fantástica moldura humana, um jogo muito emotivo, mas nem sempre bem jogado. Já não recordava de ter saído rouco depois um final de um jogo da “minha” Briosa, de me terem vindo as lágrimas aos olhos, após ver uma plateia a abraçar-se em júbilo em consequência do golo da vitória da Académica, no último lance do jogo. Esta meia-final da taça, nunca me irá sair da memória por todo o simbolismo que a envolveu, ter lá estado e adquirido o papelinho mágico, o bilhete do jogo, que independentemente do resultado em Santa Maria da Feira, irei guardar religiosamente.

O meu pai ensinou-me desde muito novo a gostar e a vibrar com a Briosa. Após o jogo, quando cheguei a casa estive, a folhear o livro da História da Académica e li atentamente as linhas que enunciavam com orgulho a vitória sobre o Benfica em 1939, na primeira taça de Portugal da História do futebol português. A Associação de Estudantes de Coimbra venceu, o poderoso Benfica por 4-3, contrariando as expectativas que davam um grande favoritismo aos que vestiam de vermelho.

Recordei as minhas primeiras visitas ao velhinho Estádio do Calhabé, onde senti, a verdadeira mística que ostentam aquelas camisolas negras. Lembro-me dos primeiros nomes que aprendi a soletrar, os tobagenhos Latapy e Lewis, Fua ou o eterno Rocha que eram alguns dos nomes que se destacavam no início da década de 90, estávamos então na antiga divisão de honra. Memórias que eu julgava perdidas, com a transformação do futebol num negócio, onde se perdeu a afinidade ao clube local e ganharam ascendente os designados “três grandes”, que asfixiaram o crescimento de todos os outros. É a lei dos mais forte, que tal como em todas as esferas, vigora também no futebol.

Já convivi neste Estádio, com esta moldura humana, no entanto não senti, como neste jogo, a força de um público, de uma cidade, de um distrito a torcer por um emblema. Com a urgência de aumentar as receitas, a direcção da Académica viu-se na necessidade de ter o máximo de adeptos no estádio, o que conduziu que se perdesse muito da mística que existia no velhinho Calhabé, onde as capas negras e os estudantes, que neste jogo voltaram a embelezar as bancadas, puxavam em uníssono rumo a um objectivo, a vitória.

É por todas estas razões, que eu considerei este jogo muito especial e me senti orgulhoso por ser da Académica. Houve taça, assim o futebol é bonito.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Maus caminhos

Que a UE está transformada numa esfarrapada caricatura daquilo que foram as expectativas que gerou, já se sabia. Que a democracia social se vai esvaziando à conta dos cânones emanados pelos centros económicos e fielmente seguidos pelos idólatras que se sentam nas cadeiras dos governos de turno, também. Que existiam, particularmente nos países do centro e leste, coisas um pouco estranhas, não é novidade. Mas isto...

Fiquei a saber, graças a um magnífico artigo de Jorge Almeida Fernandes, no Público, que, na Hungria, o governo de direita nacionalista fez uma revisão constitucional de tal forma severa que, de futuro, se tornará praticamente impossível a outros governos seguirem políticas que não sejam nacionalistas, etnocentradas (o irredentismo magiar) e retrógradas nos costumes e valores. Pior, para além de a Cosntituição deixar de fazer referência à forma republicana, coloca a «nação» sob os auspícios de «Deus e da Coroa» e a forma como a comunicação social está manietada e controlada, os lugares do aparelho de Estado entregues, de forma blindada, a comissários políticos.

É verdade que não tenho visto televisão nem lido muitos jornais. Mas não me surpreenderia que esta deriva proto-autoritária no país de Horthy não tivesse merecido grande destaque...

De qualquer forma, fica mais esta nota desconfortante sobre os caminhos que se seguem no seio da UE, outrora vista como um notável projecto político.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A primeira surpresa do ano

Nesta passagem de ano, passada no convívio familiar e de amigos que fez por momentos esquecer o ano díficil que nos aguarda, constatei no site da DGRHE, a primeira surpresa do ano. Observei que houve a introdução  do logotipo do Governo de Portugal, e de um grafismo diferente onde vemos um boneco a alertar para alterações que irão ocorrer brevemente na página.

 
No seguimento do que foram as minhas alegações no final de 2011,destaco com apreensão o impasse na colocação dos horários a concurso e a integração do logotipo do Governo de Portugal no site do Ministério da Educação, o que na minha opinião é mais um sinal do incremento do poder do Estado sobre os diferentes Ministérios fazendo por dar a conhecer quem manda.

Vamos aguardar e ver, o que o Governo de Portugal reserva aos professores neste ínício de 2012.