sábado, 14 de novembro de 2020

Vivências da minha manhã de sábado

 As minhas manhãs de sábado com o Duarte são maravilhosas.

Após uma semana muito dura sentir à sexta feira o Duarte a vir a correr para mim e dar-me um abraço tão sincero de felicidade apaga tudo o que de mau me possa ter acontecido.

A família é sem dúvida o que eu mais sinto falta durante a semana.

Recordo-me que no final do mês de Outubro o Duarte cantou a música do dia das bruxas que aprendeu na escola e a minha comoção foi notória. Lembro-me que as lágrimas me caíram de forma imediata quando no preciso momento em que  estava a colocar o auricular ele disse "não tenhas medo". O medo é algo que nós aprendemos a vencer. Reconheço que os obstáculos têm sido imensos e por vezes sinto a falta de apoio para os poder ultrapassar.

O Duarte é sem dúvida muito importante para eu enfrentar a segunda feira com mais força.

Ao Sábado de manhã, vamos sempre dar um passeio que semana após semana começa a ser muito repetitivo mas sabe tão bem.

Este fim de semana fomos fazer a parte rotineira do Sábado de manhã que foi atestar ambos os automóveis de modo a estarem preparados na segunda feira para mais uma semana de muita estrada.

Após ter atestado o carro da mãe Cecília, fomos atestar o carro do pai. Ele quando entrou no carro do paI viu lá uma lancheira com o mickey que a mãe lhe tinha comprado numa loja chinesa. Posso considerar que foi amor à primeira vista, ele adorou a lancheira e não mais a largou. 

Quando nos dirigimos para as bombas de combustível o Duarte estava tão feliz com a sua lancheira nova. Eu fui pôr gasóleo no carro e acabei por colocar também adblue um substância que se põe no motor para evitar que seja tão poluente. Bem, acontece que me demorei mais do que o normal e quando cheguei ao carro ele estava a chorar desalmadamente, eu não me tinha apercebido disso quando estava no exterior e perguntei o que se passava quando entrei no carro. Ele disse-me que e a lancheira tinha caído ao chão, como não conseguia ir buscá-la e uma vez que eu não o tinha  ouvido sentiu-se sozinho e chorou. Aqueles cinco minutos que eu demorei foram uma eternidade para o Duarte.


Passada essa tormenta lá fomos ao parque do Mandanelho para darmos uma volta na bicicleta sem pedais dada pelo padrinho Diogo. O que ele gosta da bicicleta! Mal eu a coloquei o chão e lhe dei liberdade para andar a felicidade ficou imediatamente estampada no seu rosto. Descemos para a parte mais a norte do parque.


Fazendo um parênteses na história de sábado não posso deixar de referir a sua  intuição de olhar para um mapa e perguntar onde é que nós moramos. Admito que em parte foi induzido pelos pais ao gosto pela interpretação dos mapas, no entanto devido à sua grande curiosidade tem sempre vontade de conhecer um pouco mais.

Continuando a história do dia. Chegámos à parte mais verde do parque e fomos diretos a uma zona que ele intitulou de quartel. Inventamos lá uma história onde subimos uma espécie de escada e descemos varão para dar a entender que ele está subir e descer para uma missão dos bombeiros. Após descer o varão ele pergunta "pai onde é o fogo", eu indico-lhe um local ele vai fingir que apaga e volta para as escada e varão para repetir a façanha. 

A fase seguinte do passeio é ir ao lago dos patos onde ele os observa a tomar banho, ou a descansar nas margens do lago. Por vezes os patos estão na margem do lago e vociferaram sons e eu digo-lhe que eles lhes estão a dizer "bem vindo à nossa casa" e o Duarte acaba por trocar umas breve palavras com eles.

Quando já vínhamos para casa deparámo-nos com um pássaro de grande porte que circulava livremente no parque . Eu tive uma conversa com o Duarte que passo a citar:

 Disse ao Duarte baixinho 

"Olha não podemos falar muito alto que ele tem medo de nós, deve ter fome e anda à procura de comida"

 Eu o Duarte seguimo-lo para ver onde é que ele ia e o Duarte perguntou-me como se chama este pássaro tão grande" e eu disse-lhe que não tinha a certeza mas pensava ser um pavão". 

Após mais uns passos para ver para onde ia o pavão, o Duarte pegou numa bolota e eu perguntei-lhe " vais dar a bolota ao pavão" e ele respondeu" não pai quem come bolotas é o esquilo o pavão não gosta". 

Passada esta conversa entre pai e filho lá decidimos ir para casa pois já passava do meio dia e a manhã de sábado estava passada.

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