terça-feira, 17 de novembro de 2020

Momentos de expectativa

Não está  fácil olhar os dias e conseguir vencer as dúvidas que surgem. Os sintomas da malditas pandemia apareceram este fim de semana e puseram-nos todos em sobressalto.

Admito que as dúvidas e os medos me fizeram espalhar logo a notícia pelo o núcleo central da familiar mesmo antes de saber o resultado. Aliás neste momento em que escrevo ainda não sabemos o resultado do teste à covid 19 realizado por mim e pela Cecília.  Estamos os três na expectativa e em isolamento profilático. 

A Cecília foi quem suscitou as dúvidas iniciais. 

Na sexta feira quando cheguei a casa a Cecília já  se encontrava deitada no sofá. A febre foi o primeiro sinal de alerta logo na sexta feira. Ela decidiu tomar um beneruon e foi descansar na esperança de no sábado de manhã estar melhor. 

Acontece que no sábado de manhã apesar de a febre ter baixado, o cansaço e as dores no corpo avolumaram-se assim como a capacidade de  conseguir fazer tarefas em casa.

Decidimos no sábado logo após o almoço ligar para a Doutora Marta Garcia, que sempre muito prestável retribuiu a chamada e disse que dados os sintomas teria de ligar imediatamente para a linha da saúde 24.

A linha saúde 24 disse-lhe para marcar a data do teste que seria apenas na segunda feira.

O Domingo decorreu com a tranquilidade possível.

As principais preocupações da Cecília foram com o Duarte que apenas com os seus três aninhos já tem tantas vivências.

Não será fácil para uma criança voltar a estar circunscrito às quatro paredes do nosso apartamento. Agora ao contrário do que aconteceu na primeira vez a Cecília não pode ajudar. Os dois Homens da casa é que têm que ajudar à recuperação da mãe.

As brincadeiras de hoje:

Com as compras em miniatura do Lidl fizemos compras e vendas. Eu perguntei o que haveria para comprar o Duarte descrevia os produtos que tinha e eu pedia à medida que me lembrava do que precisava para o nosso almoço.

Lembro-me quando lhe pedi as pernas de frango me disse "pai tem cuidado os ossos não são para comer, os osso são para o cão" ou quando me tentou vender a melancia teve o cuidado de me dizer para tirar a casca verde.

No final da brincadeira das compras eu disse-lhe "filho eu não tenho dinheiro" ao que o Duarte respondeu " pai não há problema  não é preciso pagar".

Já passado uns minutos e terminadas as compras tivemos a ver as cartas dos animais do Pingo doce e as cartas sobre o ambiente do Lidl. Nas cartas dos animais ele apontou para um montinho e disse "pai estes animais são muito maus" Abriu a boca e num gesto feroz com a carta do crocodilo na mão rosnou dando a entender a sua malvadez. Após os crocodilos falou na sua paixão pelos dinossauros onde disse os nomes terminados em "rex" com uma clareza de quem já tinha tido aquelas brincadeiras com a mãe possivelmente. Após os dinossauros passámos às cartas do ambiente que ao Duarte lhe libertam menos a sua curiosidade. A primeira carta do Lidl que ele pegou foi a referente ao excesso de  plásticos no planeta. Infelizmente já não consigo exprimir a expressão que ele usou sobre o perigo para o planeta da ingestão de plásticos mas foi muito gira.

E assim se passam os dias em momentos de expectativa de  saber o que nos espera.

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