quarta-feira, 25 de abril de 2012

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No longínquo mês de Setembro aquando da minha passagem pela festa do Avante, onde pude compartilhar uma variedade imensa de ofertas culturais, parei ocasionalmente, durante alguns minutos, num anfiteatro onde passava um documentário. Observei uma atenção invulgar das pessoas à medida que íam vendo rostos e ouvindo testemunhos que transpareciam através das rugas a dureza vivida durante o Estado Novo e a repressão sentida na pele. Sentei-me e ouvi. Olhei fixamente as faces que passavam, ouvindo a voz do seu discurso, arrepiei-me com a sua experiência de vida.

Uma experiência que me marcou, pois saí daquele espaço com a intenção de conseguir adquirir aquele precioso testemunho. Adquiri-o ontem, num quiosque através do jornal público.

Este documentário é um retrato lúcido e rude do que foi o Regime do Estado Novo. Todos o deviam ver nem que seja a espaços como foi o meu caso, pois, principalmente quem nasceu e viveu com a liberdade, passará certamente a dar-lhe mais valor.

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