sábado, 25 de junho de 2011

Desabafo compulsivo

Há um clima de expectativa sobre as medidas do governo que começam a esmorecer à medida que o novo  executivo vai agindo e tomando decisões. Começou com os ministros que aparentam ter uma visão demasiado matemática da realidade, esquecendo muito daquilo que disseram no passado.

Como será que se promoverá o desenvolvimento do interior, com politicas que têm como objectivo os cifrões.

Expliquem-me como se desenvolvem regiões e atraem pessoas para o interior quando se fecham linhas de caminho de ferro escolas e hospitais. Induz-se com a necessidade de amenizar a dívida, muito bem.(...)

Com o discurso do Presidente da República do longínquo 10 de Junho relembro umas fotos que vi na passada quarta feira, onde vi um Alentejo cheio de gente e campos cultivados. Havia gente nova que trabalhava de sol a sol, no entanto gente pobre sem expectativas de vida, nem de um futuro melhor.

Há um retrocesso do discurso de Cavaco Silva fazendo lembrar velhos tempos. Será que em tempos que correm é possível voltar a cultivar o interior Alentejano de centeio, trigo e cevada.... O Futuro o dirá!!!

No entanto é preciso que pensemos na realidade e nas consequências da entrada na União Europeia, do controlo que temos das nossas colheitas, do pescado.

Mais do que nunca é preciso termos em conta a realidade de forma a que possamos planear devidamente o nosso futuro. Uma decisão difícil espera o novo governo, no entanto espero que as novas políticas não se virem excessivamente para a direita esquecendo os mais pobres e desfavorecidos.

Precisamos controlar os fundos aumentar a segurança,distribuir melhor os salários, diminuir os clientelismos e as burocracias na criação de empresas.(...)

Quais terão sido as razões que contribuíram para o fim do Ministério da Cultura, reduzindo-a a uma secretaria de Estado. Na minha opinião a valorização da cultura poderia ser um caminho que conduziria ao desenvolvimento do designado interior pelo nosso Presidente da República. Porque não valorizar o saber local, dar a conhecer às pessoas da cidade a beleza do campo, fazê-las perceber as suas valências e  dificuldades. Todo este cenário poderia propiciar  o desenvolvimento das linhas férreas e das vias de comunicação obrigando as pessoas a tornar ao interior vendo neste espaço um local aprazível que alberga coisas boas.

Vou ficar por aqui, aguardando que esta (des)conexão de ideias seja percebida. Bem afinal e vistas as coisas quem terá uma visão conexa da realidade, acho que nem os políticos, O Mundo é cada vez mais uma máquina volátil e desconhecida.

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