Lisboa retrata um Portugal Moderno, das oportunidades, da Liberdade, no entanto também da desigualdade e da diferença. Lisboa é cada vez mais uma sociedade cosmopolita que apresenta uma ligação cada vez mais evidente com os principais pólos urbanos Europeus e Mundiais.
Lisboa enquadra-se cada vez mais no Mundo Global, onde os conceitos de Crescimento e Desenvolvimento, são tão próximos mas ao mesmo tempo tão distantes.
Actualmente basta ligar a televisão ler os jornais, sairmos à rua para nos apercebermos das mudanças que latem diariamente em Portugal. Habitamos num Mundo onde informação circula a um ritmo alucinante, tudo se sabe, há a generalização da democracia, no entanto sentimo-nos cada vez menos autónomos. Vivemos numa sociedade por vezes um pouco ingrata.
A Urbanização, a Terciarização, a entrada na União Europeia trouxeram um consequente aumento da literacia, um Portugal mais moderno e desenvolvido. No entanto este incremento da liberdade social e económica trouxe inúmeras desvantagens, pois não conseguimos ser autónomos e gerir convenientemente o "nosso" dinheiro. Portugal e os portugueses passaram a ter mais dinheiro ou pelo demonstram-no, no entanto são menos auto-suficentes e autónomos, como retrata o défice e o endividamento das famílias. Cada um deveria viver de acordo com as suas potencialidades.
Na sociedade neoliberal que vivemos as Grandes Forças Económicas como as Multinacionais, Bancos, Empresas de Rating controlam os mercado, conduzindo as economias mais débeis a situações complicadas, que conduzem muitas vezes à subjugação e ao controlo da economia. Infelizmente é o que está a acontecer com a Grécia, esperemos que tal situação não chegue a Portugal.
Para a saída da crise precisamos de Europa Unida, onde haja um consenso, pois só dessa forma podemos fortalecer o Euro e evitar o efeito dominó da crise grega. Portugal deve agir rápido, de uma forma austera mas eficaz.
Vamos estar atentos à situação económica e social Portuguesa, Europeia e Mundial!!!!
1 comentário:
Tiago,
o teu texto aborda um tema muito interessante e complexo que é a análise (e o tipo de análise) que se pode fazer das transformações mais ou menos aceleradas que a sociedade portuguesa viveu nos últimos 30 e poucos anos. Nota, porém, que a europeização da sociedade portuguesa convive com a permanência de factores atávicos estruturais que explicam parte da alegada «especificidade» do atraso português. No fundo, antes de se falar em grandes medidas políticas e agitar espantalhos como o da produtividade e competitividade, importaria ver que tipo de sociedade é a portuguesa. E aqui, creio que a análise do Boaventura Sousa Santos no «Pela Mão de Alice» e em vários artigos é insuperável. Ao descrever a sociedade portuguesa como de desenvolvimentp intermédio, consegue mobilizar uma série de factores que explicam a dissonância entre Portugal e as sociedades mais desenvolvidas.
Abraço.
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