Em tempo de férias a classe docente aguarda diariamente o desfecho de algumas decisões que poderão ser tomadas para o próximo ano lectivo. Após 3 anos no ensino apercebo-me com tristeza do excesso de burocracia que existe no exercício da profissão, que nos retira tempo e discernimento mental para o exercício das nossas funções. Na minha opinião quantidade não significa qualidade e o ensino em Portugal no futuro tem de se pautar mais pelo rigor, valorizando mais o conhecimento, reduzindo o facilitismo dando mais poder e reconhecimento aos professores. A autonomia e "privatização" das escolas públicas, a redução da importância do concurso nacional de professores, dando o poder às escolas e autarquias de seleccionar o seu corpo docente é o caminho que o novo governo pretende seguir. Há o risco dos jogos de interesses e da falta de transparência como acontece hoje na nomeação de cargos para determinados sectores públicos.
Deixo aqui uma crónica que saiu no público ontem sobre o modelo Educativo na Finlândia. Nenhum modelo é perfeito, no entanto compreendo que é importante analisar outras propostas caso queiramos verdadeiramente melhorar a Educação em Portugal.
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