Que Pedro Passos Coelho é um dos líderes new age, fresco, yuppie, que sabe o valor da imagem e da comunicação, ninguém duvida. E também não serei o único a pensar que o homem é uma vacuidade onde a linguagem pseudo cifrada dos negócios e da gestão substituiram a política (ou nela se tornaram). Com efeito, depois da mão cheia de nada que foi a entrevista de ontem à SIC, em que um discurso completamente oco e redondo fez as vezes das propostas que obrigatoriamente teria de apresentar, só me ocorre que o acto de deitar abaixo o engenheiro foi a vontade súbita de ir ao pote. E esta mudança táctica só tem uma explicação: os impulsos impacientes das hostes do partito que, quais legionários desejosos de saque e glória impulsionam o líder para o confronto para tomar o poder. Assim acontecia, por exemplo, com as legiões romanas no período da anarquia militar que impeliam o respectivo general para assumir o Império, um cargo à altura perigoso em que os imperadores caíam sucessivamente às mãos dos seus challengers. Porquê correr, então, o risco? É que a alternativa à provável morte sacrificial no poder (ou a tentar conquistá-lo) era a certeza do apunhalamento pelos seus...
1 comentário:
A descrença que reina no mundo da político onde o favorecimentos dos compadrios sobressai sobre o interesse nacional.A demagogia tem cada vez mais força e hoje em dia funciona cada vez mais a tónica "ou és a nosso favor ou contra nós". Cada vez mais deixam de haver valores e princípios para se conseguir atingir objectivos.Estamos na fase do salve-se quem puder. Avizinham-se tempos difíceis.
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