Vivemos situações complicadas, como se diz na gíria e em época de crise todos falam mas ninguém tem razão, ou pelo menos ninguém aparenta ter uma varinha de condão, que faça mudar a situação do défice ou do desemprego.
Apercebo-me com tristeza, a desconfiança e instabilidade que observo o meu futuro. Ao longo da minha curta vida de professor, que não conta ainda com dois ano de serviço, já calcorreei inúmeras estradas, fiz milhares de quilómetros e leccionei em 6 escolas. Não me atemoriza ou preocupa o desafio, de enfrentar contínuas integrações ou conhecer novas situações ou realidades. O que me intriga e entristece é observar a tendência de as coisas piorarem no futuro.
Seria motivador aperceber-me que as progressões na carreira ocorreriam por mérito de acordo com o tempo de serviço e com as prestações de provas. Na minha opinião o Processo Avaliativo devia ser apenas obrigatório, sempre que pretendêssemos mudar de escalão ou índice, não devendo haver penalização no restante processo da carreira docente. Fora desse período de mudança de escalão, a escola poderia emitir uma avaliação simbólica, sem as burocracias subjacentes ao processo de Avaliação de Desempenho.
Com esta actual “obrigatoriedade” de pedir aulas assistidas, uma vez que ela é inserida no processo de graduação, sendo que aos candidatos que tiverem nota de Muito Bom e Excelente é-lhes acrescidos 2 e 3 valores respectivamente. Considero que um ou dois valores a mais na média poderá ter um significado enorme, podendo resultar na perda de alguns lugares na lista de colocação a concurso, o que nos dias que correm pode ser a diferença entre ficar a 100km ou 400km de casa.
A competitividade da sociedade actual começa a passar progressivamente para o Ensino, reflectindo-se em divisões guerrilhas internas para conseguir uma simples menção de Muito Bom ou Excelente.
Deixo aqui uma questão dos colegas que trabalham em escolas com alunos problemáticos com realidades sociais difíceis, serão avaliados da mesma forma que um colega que trabalhe numa escola modelo.
As realidades sociais são heterogéneos e multifacetadas, sendo preciso ter em conta todos estes factores, aquando do processo Avaliativo, pois só dessa forma se processará uma Avaliação Justa
3 comentários:
Concordo com o que dizes no artigo, mas não considero a situação muito dramática, até porque a bonificação na graduação não acumula, sendo que os candidatos só mantêm a bonificação de valores na média se mantiverem o bom ou o muito bom, o que é altamente improvável tendo em conta as quotas.
Corrijo: se mantiverem o muito bom ou o excelente!
oLá Tiago!
Vim de uma reunião com a direcção do agrup. por causa da avaliação externa que ao mesmo vais ser feita . Também se falou de concursos. Segundo percebi,foi dito na reunião que a avaliação para efeitos de concurso está suspensa.Alás as hesitações são muitas, mesmo no EA e AP as decisões ainda não estão definitivamente tomadas embora as perspetivas não sejam nada animadoras.
BJS Pai Pedro
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